domingo, 12 de julho de 2015

IDH e a efetividade do governo

Esse post tem por objetivo  discutir um dos importantes determinantes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): a atuação do governo.


O IDH surgiu a partir da necessidade de se encontrar uma medida de bem-estar mais acurada em relação à riqueza, medida pelo produto nacional per capita de um determinado país. Além desse, outros dois grandes vetores são levados em consideração: educação (através da média de escolaridade das pessoas com mais de 25 anos e anos de estudo esperados para as crianças ingressantes no sistema educacional) e saúde (dada pela expectativa de vida ao nascer). Essas variáveis são condensadas através de uma média geométrica e podem variar de 0 a 1. Em 2013, o Brasil ocupou a 78ª colocação entre 178 nações, com pontuação 0,744 (considerado alto).


O gráfico abaixo mostra a pontuação obtida por cada país no IDH e o Índice de Efetividade do Governo, compilado pelo WGI (Banco Mundial), no ano de 2013. Esse indicador varia entre -2,5 até 2,5 e procura capturar a qualidade dos serviços públicos, além da implementação e do comprometimento de políticas voltadas para aumentar o padrão de vida da população. Nesse ranking, o Brasil está apenas na 102ª posição entre 209 países. 

IDH e Índice de Efetividade do Governo - 2013
(Em pontos)



Há uma clara correlação positiva entre as variáveis, o que significa que uma maior pontuação no IDH tende a ser acompanhada, em média, por uma melhor capacidade do setor público em prover serviços adequados. O Brasil está destacado na cor laranja. 

O que essa relação significa? Somente com um amplo conjunto de reformas (que inclui a própria reestruturação do estado) será possível ter um IDH maior. Isso possibilitaria crescer de maneira sustentada, além de um melhor direcionamento dos recursos escassos para as áreas essenciais.

Fontes: IDH (PNUD).
Índice de Efetividade do Governo: WGI.

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